JARDINEIRO DO AMOR

 JARDINEIRO DO AMOR
 
No jardim florido e tranqüilo
Sobrevoam mariposas e aves,
Todas em considerável estilo 
Aglomeradas em arquitraves. 
 
O jardineiro com amor e carinho
Contempla o jardim a reflorescer, 
Cuida do beija-flor em seu ninho
À luz da alvorada, ao amanhecer.

Apreciando nas gotículas, o luzeiro
Oriundo do sereno da madrugada,
Assim vai o afortunado jardineiro
Cumprindo sua venturosa jornada. 

Entre canteiros de rosas e jasmins
Cantando cantos pra seus amores,
Vive o jardineiro em seus jardins
Venerando e dando vida ás flores. 

Em seu labor, amor verdadeiro 
Labutando numa perfeita toada,
Vai cantarolando o feliz jardineiro
Ao raiar d’aurora pela madrugada.

Como sonho o jardim ornamenta
Alimentando, dando vida à flor,
Com afeição seu vergel alimenta
De carinho, ternura, magia e amor.


José Coelho
 

 

MAGIA NO AR

MAGIA NO AR  


No céu
Magia
Astral

Sol
E lua
Monumental

Unidos 
Em lua
De mel

Lua
Cor
De prata

Feliz
Bela 
Pacata

Unidos
Sol 
E Lua

Exuberantes 
Iluminando
A rua

O casal 
No amor
Arrebata 

Sol 
E lua
Desnuda

Amor 
Eterno
Desvenda

O céu 
Assim
Prediz 

Surge 
Belo
Clarão

Dessa
Ditosa
União 

Sol 
E lua
Formosa

Linda 
E muito
Dengosa

Emana 
A luz 
Divinal

Num
Colóquio 
Magistral. 


José Coelho 
(poetrês); Três palavras mágicas que encantam)
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“É um poema em três palavras por estrofe”
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EM FORMA DE ANJO

EM Forma DE ANJO

Surgindo do nada, do vento
Invadiu meu sentimento
Minha alma meu querer,
Alma pura alma bondosa
Brilhante e tão carinhosa
Alma pura, linda mulher.

Novo ar, novo semblante
Pasmei! Por um instante
Deslumbrando esta visão,
Vindo de roupagem nova
Pondo minh’alma à prova
Conquistou meu coração.


Apagada a luz do atrativo
Reacende-se o amor altivo
Finalmente brilha uma luz,
Era a graça do seu encanto
Vestindo um divino manto
Com encanto se reproduz. 

Novo sonho, nova emoção
Como centelha, um clarão 
Neste avejão se reproduz,
Era o cupido com sua lança
Ardente meu peito alcança 
Rumo ao infindo me conduz.

Tudo aqui é belo e ilusório 
Puro e mais que notório
Novo sonho, nova visão,
A chama do amor chegando
E o meu peito abrasando
Dilacerando meu coração.

Com a pureza de um anjo
E o poder de um dragão,
Penetrou em meu submundo
A marca do amor profundo
De lindo sonho e pura ilusão.


José Coelho

jcoelho

CURVAS DO DESEJO

CURVAS DO DESEJO

Na paisagem dos meus sonhos
Me reclino e me deslumbro,
Afogando meus pensamentos
Nas curvasdo teu submundo.

Ao delinear o teu corpo
Demarco todo meu limite,
Viajando por tuas curvas
Até onde a lei me permite.
 
No afã de minhas aventuras
Nas curvas em tua propriedade,
Vou colecionando lembranças
Lembranças de felicidade.
 
Pela curva do teu coração
Eu passo com velocidade,
Vivendo toda a emoção
Do desejo e da felicidade.
 
Mas me perco na curva dupla
Íngreme no meio do peito,
São duas pirâmides a pico 
A cortejar com belo conceito.
 
Porem, me perdi na curva baixa
Considerada curva vergonhosa,
É a curva de absoluto prazer
Audaz; exuberante e perigosa.
 
Vivenciando meus sonhos 
Percorro o corpo de alguém,
Até me perder nas curvas 
Nas curvas que ela tem.


José Coelho

SOLAR ENCANTADO

SOLAR ENCANTADO 

Entre mariposas, ninfas e aldeões 
Por anjos e arcanjos habitado,
Dedilhando altivas e belas canções
Neste solar dos sonhos sonhado. 

Ao raiar d’aurora brilha luz amena 
Nas gotículas do orvalho a reluzir,
O murmúrio da água cintila serena
No mágico espelho d’água a refletir.

A fadinha e sua varinha de condão
Voando entre prados e campinas,
 Pelo solar voeja seu meigo coração
No limite de suas reais disciplinas.

No solar encantado, magos e anjos
Duendes e fadinhas em profusão, 
Sinfônica encantada tocando banjos
Entoando a mais sublime canção. 

Este paraíso por Deus concedido
Por anjos, duendes e fadas povoado,
Um mundo até então desconhecido
Assim é, o mágico solar “encantado”. 

José Coelho

 

PALCO DO PRAZER

PALCO DO PRAZER
 
Entre quatro paredes moucas 
N’um palco sedutor e macio,
Se desenrola a grande cena
Na vida de uma pequena
De um amor quase doentio.
 
Duas cadeiras curiosas
Envergonhadas ficavam loucas,
Enquanto que ela lentamente
Ora de lado, ora de frente
Vai tirando suas roupas.
 
No palco das grandes emoções
O amor aflora intensamente,
N’uma paisagem convidativa
Em uma cena calorosa e ativa
Amor rolando inconseqüente.
 
Fecha-se o cortinado do prazer
Com ela agora já vestida,
Mas a felicidade do momento
Ficou cheia de dor e lamento 
No instante da despedida.    
 

José Coelho
V