CORAÇÃO VAZIO

A imensidão de amor que tenho
Dentro de meu sacro coração,
Sempre esbarra na resistência
Do feroz vácuo sem clemência
Na ausência da sagrada emoção.

Mantenho escudo contra a frieza
Envolvendo este seu sentimento,
O qual manqueteia meu amor
Suportando os efeitos da dor
Tolerando; aflição e tormento.

Deste coração frio e sem alma
E sentimento frígido sem amor,
Só a resignação pode acalmar
A aflição deste amor a bradar
Neste pobre coração sofredor.

Amor maior que o meu não há
No mundo, outro; jamais verás,
Coloquei o mundo a teus pés
Mas mesmo assim tu não vês
O tesouro onde o amor se apraz.

Ao persistir esse vazio em ti
Da minha vida eu abdicarei,
Morrerei gritando: “te amo”
Lamento! Mas não reclamo
Nem condeno a quem amei.

Continuas em não atender
À suplica do meu clamor,
Dizendo: “não”, à felicidade
Preferindo a neutralidade
Rejeitando tão puro amor.

Pouco a pouco me acabando
Amando um coração arredio,
Sigo lutando pra não morrer
Querendo quem não me quer
Amando esse coração vazio.
José Coelho


A imensidão de amor que tenho
Dentro de meu sacro coração,
Sempre esbarra na resistência
Do feroz vácuo sem clemência
Na ausência da sagrada emoção.

Mantenho escudo contra a frieza
Envolvendo este seu sentimento,
O qual manqueteia meu amor
Suportando os efeitos da dor
Tolerando; aflição e tormento.
Deste coração frio e sem alma
E sentimento frígido sem amor,
Só a resignação pode acalmar
A aflição deste amor a bradar
Neste pobre coração sofredor.

Amor maior que o meu não há
No mundo, outro; jamais verás,
Coloquei o mundo a teus pés
Mas mesmo assim tu não vês
O tesouro onde o amor se apraz.
Ao persistir esse vazio em ti
Da minha vida eu abdicarei,
Morrerei gritando: “te amo”
Lamento! Mas não reclamo
Nem condeno a quem amei.

Continuas em não atender
À suplica do meu clamor,
Dizendo: “não”, à felicidade
Preferindo a neutralidade
Rejeitando tão puro amor.
Pouco a pouco me acabando
Amando um coração arredio,
Sigo lutando pra não morrer
Querendo quem não me quer
Amando esse coração vazio.

