NO FIM DO HORIZONTE
Desiludido em meu amargo viver
Em minha existência sem sentido,
Corri pro bosque pra me esconder
Pensando estar na selva protegido.
No fim da montanha eu avistei
Um admirável luzeiro a brilhar,
Na incógnita eu não acreditei
Arrebatado, pude contemplar.
Era um anjo menina, “inocente”
No âmago de rara contemplação,
A bordo de uma estrela cadente
Contemplei esta angelical visão.
Compenetrado; pus-me a pensar
Na perfídia que o destino impôs,
Pensando que a vida iria se acabar
Pois estava eu, desamparado a sós.
Por um anjo fui então acolhido
Num sublime amor eloqüente,
Este anjo por Deus escolhido
A bordo de uma estrela fulgente.
A felicidade que eu havia perdido
Estava no horizonte toda sorridente,
Era meu anjo por Deus prometido
Para minha paz e amor indulgente.
Na mais sublime de minha oração
Extasiado galguei sobre o monte,
Deslumbrado com a sublime visão
Daquele anjo alem do horizonte.
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