quinta-feira, 27 de outubro de 2011

COELHINHO E O ELO PERDIDO


Um coelhinho desgarrado da ninhada
Perdido sem pai, sem mãe,
Procurava achar um lar
Não cansava de procurar
pelo vale, da terra de ninguém.


Encontrou a Senhora Raposa
E logo foi lhe perguntar,
Senhora Raposa, quer ser minha mãe?
Mas a raposa com desdém
Pensou mesmo é no seu jantar.

Continuando a saltitar
Viu uma jaguatirica a correr,
O inocente que só conhecia o bem
Perguntou quer ser minha mãe?
A jaguatirica; respondeu, não, quero é te comer.


Viu então uma enorme águia
Nos céus a sobrevoar
Perguntou Dona águia,
a senhora não quer me adotar?
A águia com má intenção
Se aproveitando da situação
Pensou logo em o devorar.


Daí uma coruja fada apareceu
Com um bastão encantado veio ajudar,
Afastou a águia assanhada
Indicou-lhe uma estrada
Onde alguém o poderia adotar.



O coelhinho seguiu pela estrada
Risonho  sempre  a saltitar,
Encontrou uma toca vazia
E se aconchegou por um dia
Para poder pernoitar,

Ao anoitecer chegou uma família
De coelhos, que disse ali morar,
Era um coelho e uma coelhinha
Três jovens, uma gracinha
E pediram pra ele ficar.


 
Este  coelhinho perdido da mãe
Que a procurava  sem encontrar,
Ficou morando com aqueles amigos
Agora longe dos perigos
Pra depois a mãe procurar.


 
Uma noite perguntou à coelhinha
Você não quer ser minha mãe?
Ela ficou muito contente
E reunindo a família urgente
Disse, agora ele é da família também.


 
Na conversa do dia a dia
Tudo se esclareceu,
Aquela família unida
Era a mesma família perdida
Da qual um dia ele se perdeu.
                J.  Coelho





 

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