sábado, 29 de outubro de 2011

MEU FIEL COMPANHEIRO



No dia a dia do meu cotidiano
Passa dia e passa ano
E eu no auge do meu deslumbre,
Arranjei um cãozinho amigo
E levei pra morar comigo
Pois o destino de tudo se incumbe.

Por um grande vacilo meu
Sem perceber o que  aconteceu
Causado por enorme falcatrua,
Numa noite de longa orgia
Perdi a família que eu mais queria
Fiquei sem nada, morando na rua.

Nada, que eu tinha levei
Nem tampouco o  que sonhei
Só pude comigo então levar,
Meu fiel  companheiro
Ele que não pensava em dinheiro
Somente o cãozinho, a me acompanhar.

Passou-se então algum tempo
E eu e meu cão em nosso lamento
Vivíamos a mendigar,
Subitamente ele parou de comer
E eu sem mesmo me aperceber
Das lágrimas do cãozinho a chorar.

Continuei  andando pelas  ruas
Tentando esquecer das falcatruas
Em minhas vindas e minhas idas,
Meu companheiro sem comer
E eu sem querer, e sem saber
Da culminância de nossas vidas.

Pois ele não quis mais comer
Cada vez mais a se entristecer
Então meu amigo adoeceu,
Era um amor, uma lealdade
Deste meu amigo de verdade
Que de tristeza ele morreu.


Pude então raciocinar
Vivendo total agrura
Sem meu amigo pra me ajudar,
Pernoitando na rua da amargura
Hoje só me resta a saudade
Do fiel companheiro a me acompanhar.

                J.  Coelho






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