quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SEQÜELAS DE AMOR


Amando com ímpeto da anomalia
Nas garras do enigmático,
Desapercebido do emaranhado
Caminhando atabalhoado
Procurando o caminho mais prático.
Porem sempre me enleando
Nas malhas do meu próprio laço,
Desenvolvendo um esforço árduo
Fui sentindo o gosto amargo
Da decepção e fracasso.
Do amor eu vim ao mundo
Com amor sigo meus passos,
Pelo amor luto e reluto
Neste mundo absoluto
Por amor enfrento os fracassos.
Na ênfase dos meus devaneios
Enleado nas malhas do amor,
Com frequência golpeado
Pelo destino traçado
Tornei-me ínfimo de valor.
Mas no trajeto do meu percurso
O amor me castigou demais,
Deixando seqüelas profundas
Lembranças do amor oriundas
Com terríveis marcas brutais.
Na convalescença de minha enfermidade
Transformado n’um anômalo do amor,
Com as sequelas vem a ansiedade
Abrindo as portas à fatalidade
Transformando o carinho em dor.
 Amo, e já fui amado
Com amor ternura e ardor,
Com paixão sincera e honesta
Agora somente me resta
As tristes sequelas do amor.
     
                   J. Coelho

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